Inventores (n.2)


O que por milhares de anos foi apenas um imenso desejo do homem, um genial inventor tornou realidade o ato de voar, e o nome desta personalidade foi Alberto Santos Dumont.

Nascido no dia 20 de julho de 1873 na Fazenda Cabangu, em Minas Gerais (que hoje é uma cidade que recebe seu nome), Santos Dumont desde menino demonstrava interesse por máquinas e aventuras. No final do século XIX foi morar em Paris e lá impressionou-se com o progresso tecnológico existente impulsionando seu desejo de inventar uma máquina que fizesse o homem voar.

Sempre atento à questões mecânicas passou a realizar experiências com balões e conseguiu adaptá-los dando-lhes dirigibilidade. Fez vários projetos de dirigíveis e ganhou muitos prêmios.

Em 20 de setembro de 1898 conseguiu realizar o primeiro salto. Saindo de um ponto da terra e enfrentado a força dos ventos conseguiu retornar ao mesmo ponto de partida com seu aeróstato (balão denominado Santos Dumont n.1).

Em 19 de outubro de 1901, com o Santos Dumont n.6, circunavegou a Torre Eiffel e ganhou o prêmio Deutsch, ganhando 100 mil francos (mais 26 mil de juros até receber o prêmio) e doou todo o dinheiro para sua equipe/colaboradores e trabalhadores de Paris (metade para cada).


O primeiro avião inventado no mundo também é de sua autoria, o famoso 14 bis. Em 23 de setembro de 1906 fez o primeiro voo público com auto-propulsão, auxiliado pelo Aeroclube de Paris. E o primeiro voo homologado da história da aviação ocorreu em 12 de novembro de 1906 em Bagatelle (França) percorrendo 220 metros de distância a seis metros de altura, em 21 minutos e dois segundos.

Mesmo com o sucesso do 14 bis sua obra prima foi criada em 1907 após inúmeros projetos de melhorias, o Demoiselle.

Santos Dumont não patenteou sua invenção deixando as pessoas livres para fabricá-lo. Desta forma, vários países o fabricaram, e o Demoiselle tornou-se o avião mais popular do mundo na época.

Além de balões, dirigíveis e aviões, também criou o canhão salva-vidas, o aparelho marciano (aparelho colocado como nas costas das pessoas que diminuía o peso e auxiliava a subida de encostas), o ornitóptero e o chuveiro quente.

Durante a Primeira Guerra Mundial ao ver sua invenção sendo utilizada como arma de guerra, Santos Dumont se sentiu responsabilizado e este fato o fez entrar em grande depressão. Ocasionando depois o seu suicídio.

-----------------------

Texto adaptado do site da Fundação Santos Dumont (Museu do Avião):  http://www.santosdumont.org.br/internas.php?menu=9224&interna=75769

Obra consultada: 
BARROS, Henrique Lins de. Santos-Dumont e a invenção do vôo. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.

Imagens: As imagens utilizadas nesta publicação foram obtidas através do Google Imagens e adaptadas. Se alguma das imagens utilizadas possuir direitos autorais solicitamos que nos comuniquem para providenciarmos a remoção das mesmas.



Postagens mais visitadas